Resolvi escrever um poema com minha cara amiga.
Sem saber o que escrever, deixei que ela desse a partida, ao início de algo talvez sem fim.
Mas é isso, eu também não tinha o que escrever. Porém o fim da minha amiga me fez pensar em dizer que o fim não é o fim; o fim é apenas uma palavra que não fui eu que inventei. Então o real fim pode ser outra palavra que não seja o fim.
Forcadamente fiz com que minha mente pensasse em algo vão e passageiro: o tal amor. Tão infame, sombrio e querido por todos nós.
Nossos corações estão na mesma situação, não mais desesperados e nem esperançosos. Não sei mais se quero ou se não quero que venha, afinal, agora tanto faz! Não sei se me importo ou não me importo.
Tudo que sei é que dói. Dói, dói...
A dor: como está é interessante!
Dói mas não nesse sentido. E sim, nesse sentido.
Ao mesmo tempo é mútuo e sangra. Ah, como sangra!
Cor azul, não mais vermelho. Hoje é azul porque eu fui rejeitada de maneira tão infame e nojenta. Não só nesse sentido, mas em vários, vários sentidos.
E o sentido?! Não faz mais sentido. Nada mais faz sentido.
Sentido lembra sentimento, do qual não tiveram por mim. E o que eu tenho é pena. O sentimento mais pobre e que eu caros amigos, não quero que tenham por mim.
Porque só eu tenho o direito de sentir e sentir. Pois tudo isso serve para isso.
E neste momento me deito e me deleito, sento e escrevo palavras sem sentidos para alguns e com muitos sentidos para outrem.
Vamos em busca de tudo que é incerto!! Let’s go, baby.
Carina Conceição e Tainana Andrade